quinta-feira, 8 de maio de 2008

Um poema exemplar de Sophia

«Cidade, rumor e vaivém sem paz das ruas,
Ó vida suja, hostil, inutilmente gasta,
Saber que existe o mar e existem praias nuas,
Montanhas sem nome e planícies mais vastas
Que o mais vasto desejo,
E eu estou em ti fechada e apenas vejo
Os muros e as paredes e não vejo
Nem o crescer do mar nem o mudar das luas.
Saber que tomas em ti a minha vida
E que arrastas pela sombra das paredes
A minha alma que fora prometida
Às ondas brancas e às florestas verdes»

1 comentário:

os violinos tocam de madrugada disse...

E além da paz, um poema dá também outra perspectiva da vida, provoca alguma inquietação... É um desafio!
Clara