Todas as manhãs subo ao mirante
e abro o portal que dá para o mundo:
vejo terra, céu e o sol fulgurante
mas não vejo cantor vagabundo.
Ele subia com seu violão
as avenidas dos bairros humildes
juntava putos sentados no chão:
todos comiam da voz peregrina.
Ia depois embora o andarilho
de coração em coração saltando
como qualquer nómada sem destino.
Mas em cada lugar onde cantava
uma tecedeira ficava urdindo
a rubra bandeira da liberdade.
Elisabete Macedo T2
sexta-feira, 30 de maio de 2008
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