sexta-feira, 30 de maio de 2008

Poema de Juliana Pedro

Há uma semente estranha
Que germina no debruçar de um olhar apaixonado
Cujas rízes se retraem como um cágado assustado.

Há uma poesia solitária
Que transporta angústias vivas
E navega em mares perdidos
Desejando dormitar
Nas páginas de um livro emprestado.

Há amores dispensados
Contrariados pela ironia de pensamentos
desconjugados que se cruzam num ciclo vicioso
De almas pecadores.

Há vigas suspensas
que balançam em cada projecto executado
alertando a iminência de enlaces breves.

Elisabete Macedo T2

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