sexta-feira, 30 de maio de 2008

Soneto de Fernando Pinheiro a Amália

Anda uma luz a vaguear na praia
tangida pela brisa do destino
carrega consigo a terna alfaia
com que a dor se tange no feminino.

Trina a guitarra no colina velha
da cidade que inventou a fado
E a voz que se ouve nas vielas
é o eterno canto da saudade.

Soluçam marinheiros e varinas
doces cantigas com sabor a sal
tecidas com espuma e feitiço.

São tormentos, suspiros, também lágrimas
são lamentos, desenganos e mentiras
que os amantes espalham na alma.

Elisabete Macedo T2

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